é músico e cientista social. Doutor e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com graduação em Ciências Sociais pela mesma instituição. Em sua monografia de final de curso aproximou-se do estudo sobre psicoativos, com o trabalho “Peregrinação Rastafari: uma perspectiva antropológica sobre a Fundação Congo Nya no Brasil”. Na dissertação de mestrado, concluída em 2007, com o título “Recebido e Ofertado: a natureza dos hinos na religião do Santo Daime”, Rehen investigou a música e sua centralidade nos rituais do Santo Daime em igrejas ligadas ao “Centro Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra” (CEFLURIS). Esta dissertação foi o primeiro trabalho acadêmico a refletir com maior profundidade sobre o “recebimento” dos hinos e principalmente sobre as situações que envolvem a oferta dos cânticos em um complexo circuito de dádivas, quando o daimista presenteia outro membro do grupo por intermédio de canções religiosas. Este trabalho contou com uma revisão da literatura antropológica voltada para estudos clássicos sobre a dádiva, destacando-se a discussão da troca como uma “gramática”. Já na tese de doutorado, com o título “Música, emoção e entendimento: a experiência de holandeses no ritual do Santo Daime” o autor produziu uma análise comparativa do ritual do Santo Daime por holandeses e brasileiros, com foco na análise das músicas entoadas nessas cerimônias. Buscou contribuir para a compreensão desta experiência religiosa suscitada em contextos rituais pelo entoar destes hinos, em diálogo com outras experiências religiosas nas quais o problema da relação entre linguagem e formas de entendimento é também central. Em 2014, Lucas Rehen vem dando continuidade ao estudo da música em rituais religiosos e realiza estágio de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) no Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Seu projeto “Cantando para Cosme e Damião: um estudo comparativo entre religiões e música no espaço urbano do Rio de Janeiro” tem a supervisão da professora Dra. Renata de Castro Menezes, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Antropologia da Devoção (GPAD)