Beberagens indígenas e educação não escolar no Brasil colonial. .
O livro analisa o consumo indígena de bebidas fermentadas embriagantes, em particular o cauim dos Tupinambá, e sua capacidade de mediar um amplo conjunto de saberes, fazer circular valores e afirmar identidades, configurando-se, portanto como meio de socialização e de educação. Com base em crônicas de viagem e em cartas de missionários e articulado aos pressupostos da história cultural, em particular, da história das práticas alimentares, o livro ensaia uma articulação interdisciplinar entre os campos da história, antropologia e arqueologia. O foco central, contudo, é a educação dos próprios índios mediada pela prática das mulheres de fabricarem o cauim, bem como a rede de saberes que perpassam essa prática em sua interface com as relações de poder.