Mil Fitas: Proteções na e para a Cracolândia. Interposições e Diálogos entre Pesquisas, Trabalhos e Militâncias. Tese de mestrado em Antropologia. Instituto de Estudos Brasileiros, Universidade de São Paulo (previsão de conclusão: agosto de 2017)
A proposta dessa pesquisa é refletir sobre a Cracolândia a partir de mediações e entrelaçamentos que existem entre os trabalhos de redução de danos, as pesquisas e as militâncias. A noção de proteção que conduz o debate será utilizada de forma ampla considerando aquelas das quais os atores se utilizam para estar no território; as que possibilitam a Cracolândia (r)existir, e também o território como espaço protegido de uso de crack. Os diferentes lugares de atuação são vistos aqui como formas de proteção no território e fora dele. A reflexão se utiliza das vivências registradas em cadernos de campo produzidos em diferentes momentos de atuação, a saber: como militante para organizar protestos contra a violência do Estado; no trabalho como redutora de danos pelo Centro de Convivência É de Lei; na atuação como ativista do Coletivo Sem Ternos – de usuários e trabalhadores que atuam na região; e na proposta de residir na Cracolândia por uma semana. O objetivo, portanto, é colocar estas diferentes perspectivas de atuação em diálogo na produção de um trabalho acadêmico que se utiliza de trocas com diversos atores – trabalhadores, usuários, pesquisadores e (ex)gestores – convidados a pensar de forma coletiva a produção de conhecimento sobre o território, suas proteções e seus lugares de atuação.
Mil Fitas: Protections in and for Cracolândia. Screenplay interposition between research, work and militancy. Master´s Thesis in Anthropology. Institute of Brazilian Studies, University of São Paulo (expected conclusion: August 2017.)
This research´s proposal is to discuss Cracolândia taking into account the mediations and entanglements that exist among harm reduction work, research and militancy. The debate uses a wide notion of protection considering those which are used by the actors to be in the territory; those that enable Cracolândia exists/resist and also the territory as a protected space of crack use. These different places of action are seen here as forms of protection in and out the territory. The reflection uses the experiences documented in field notes produced at different moments of action, namely: as an activist organizing protests against state violence; as a harm reduction worker at the NGO “É de Lei”; acting within the social movement of users and workers called “Sem Ternos” and finally using the experience proposal to reside in Cracolândia for a week. Therefore the aim is to relate these different perspectives building an academic work that dialogues with a variety of stakeholders – employees, users, researchers and (former) managers invited to think collectively the production of knowledge on the territory, its protections and their places of activity.