Política indigenista y hegemonía en Brasil y México. Los programas de educación indígena en el período 1940 – 1970. Tese de Mestrado em Estudos Latino-americanos, Universidad Nacional Autónoma de México, 2012.
Nesta dissertação de mestrado, realizei uma pesquisa de História comparada sobre a política indigenista e os programas de educação indígena no México e no Brasil, no período entre 1940 e 1970. Trata-se da política indigenista estabelecida pelo Instituto Nacional Indigenista (INI), no México, e pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no Brasil. Discuto o problema da formação da hegemonia do Estado ampliado entre os povos originários nesses países, nesse período de auge do indigenismo de integração na América Latina. Tratei da influência de intelectuais orgânicos na formulação dos programas de educação indígena; discuti sobre a influência dos currículos nos processos de colonização do imaginário e da negociação dos modos de vida da infância indígena; tratei da participação de professores (as) nos processos de negociação dos projetos oficiais; além de abordar, de maneira secundária, sobre a influência de missões religiosas na formulação dos projetos e na prática dos programas de educação indígena, em ambos os países. Realizei uma breve comparação entre as escolas indígenas do Posto Indígena Francisco Horta, entre os Kaiowá, Gurani e Ñandeva, da Reserva Indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e as escolas do Centro Coordenador Indigenista de Papaloapan, em Oaxaca, entre os Mazatecos. Defini semelhanças e particularidades dos programas de educação indígena em cada país. Nesta pesquisa, utilizei como metodologia a análise de documentos escritos de arquivo e, de maneira secundária, a análise de entrevistas de História Oral de Vida. Os escritos de Antônio Gramsci foram a principal referência teórica. Cheguei à conclusão geral de que, nos programas de educação indígena em ambos os países, o ensino da língua nacional, os ensinamentos cívicos e morais e o ensino de trabalhos manuais foram utilizados para convencer os povos indígenas sobre a participação em projetos de desenvolvimento e nacionalização. Esses projetos, expressos nos programas de educação indígena do período, tinham o objetivo de transformar os modos de vida dessas populações, tendo em vista a sua inserção na sociedade capitalista e na nação ideologicamente “mestiça”.
Political indigenous and hegemony in Brazil and Mexico. The indigenous education programs in the period 1940 – 1970. Master’s thesis in Latin American Studies, Universidad Nacional Autónoma de México, 2012.
In this masters dissertation, I did a compared history research about the indigenous policy and the indigenous education programs in Mexico and Brazil, between 1940 and 1970. It is about the indigenous policy established by the National Indigenous Institute, in Mexico, and by the Indigenous Protection Service and the National Indigenous Foundation, in Brazil. I discuss the problem of the formation of the State’s hegemony expanded among the indigenous people in these countries in the peak period of indigenous integration in Latin America. I addressed the influence of organic intellectuals in the elaboration of indigenous education programs; discussed about the influence of the curriculums in the colonization process of the imaginary and the negotiation of the lifestyles of the indigenous childhood; I addressed the participation of teachers in the negotiation of official projects; besides addressing secondarily on the influence of religious missions in the elaboration of the projects and in the practice of the indigenous education programs, in both countries. I did a brief comparison between the indigenous schools of the Indigenous station of Francisco Horta, among the Kaiowá, Guarani and Ñandeva, of the Dourados Indigenous Reserve, in Mato Grosso, and the schools of the Papaloapan Indigenous Coordinating Centre, in Oaxaca, among the Mazatecos. I defined similarities and particularity of the indigenous education programs in each country. In this research I used as methodology the analysis of written documents of files and, secondarily, the analysis of interviews of Oral Life Stories. Antônio Gramsci’s writings were the main theoretical reference. I came to the overall conclusion that in the indigenous education programs in both countries, the teaching of national language, the civil and moral teachings and the teaching of manual works were used to convince the indigenous people to participate in development and nationalization projects. These projects, expressed in the period’s indigenous education programs, had the objective of transforming the lifestyle of these populations, having in sight the insertion in capitalistic society and in the nation ideologically “half-breed”.